Mauricio Figueiredo da Silva, de 28 anos, conhecido como ‘Cacá’, acusado de assassinar o professor Clóvis Faveta, o ‘Clovão’, em 22 de janeiro de 2009, foi preso no último domingo, em Cianorte, após praticar um assalto a uma farmácia. De acordo com policiais daquela cidade, Cacá estava sendo investigado por outros roubos na região. Um deles foi a uma residência perto do bosque do Xetas, em Umuarama, quando ladrões renderam o proprietário da casa e levaram carros, objetos e uma motocicleta. Nas investigações, ele foi reconhecido pela vítima. De acordo com o delegado Fernando Martins, que comandou as investigações do latrocínio, Cacá deve permanecer preso na cadeia de Cianorte, onde irá cumprir a pena imposta pela justiça pelos crimes cometidos. O coordenador escolar de Umuarama, Clóvis Faveta, 59 anos, foi visto pela última vez na tarde do dia 22 de janeiro de 2009 [uma quinta-feira]. Segundo a Polícia Civil, que investigou o caso, o professor teria sido visto acompanhado por duas pessoas em uma Garapeira em Maria Helena e, mais tarde, na ponte do Córrego 215, em Ivaté. Nesse local, Clóvão foi assassinado com 23 punhaladas e teve seus pertences pessoais levados. No dia seguinte, o carro da vítima, um Vectra prata, foi encontrado com marcas de sangue na Estrada Amarela. No sábado [24], um cunhado de Clóvis encontrou seu corpo às margens do Córrego 215, em Ivaté. As investigações sobre o crime tiveram como marca o envolvimento de todo o aparato policial disponível na cidade na época e uma grande mobilização popular, inclusive através de denúncias.
A identificação dos suspeitos se deu no mesmo fim de semana que o corpo do professor foi encontrado. Denúncias anônimas levaram os policiais até a casa de Jean Carlo Casarini, onde o aparelho de CD do carro de Clovão foi encontrado e reforçou a tese de que o professor havia sido vítima de um latrocínio. No local, roupas manchadas de sangue também foram apreendidas. O material foi encaminhado ao Instituto de Criminalística do Paraná junto a uma amostra de sangue do filho da vítima, Fernando Favetta, para um confronto genético. Nas investigações, a polícia concluiu que Jean Carlo Casarini, 19, e Mauricio Figueiredo da Silva, o Cacá, foram os autores do latrocínio. Casarini foi solto em 2010 e Cacá continuou preso. No ano passado, ele acabou sendo solto e passou a responder o crime em liberdade. Na continuidade das investigações sua prisão preventiva foi decretada pela justiça, mas ele já havia fugido. Em 28 de junho deste ano, Cacá foi julgado à revelia e condenado a uma pena de 21 anos e seis meses de prisão, em regime fechado. Desde então estava sendo procurado pela justiça...
