A Operação Uanã é um
desdobramento da Operação Pandora, que prendeu, na semana passada, 13 pessoas.
Uanã na linguagem indígena significa “vaga-lume”, inseto de hábitos noturnos
que brilha na escuridão. A quadrilha, segundo a polícia, agia somente a noite e
utilizava faroletes para abordar as vítimas. Foram essas características que
inspiraram o nome da ação. Segundo a polícia, a quadrilha também abastecia
membros da facção, que cumprem pena em cadeias da região, com drogas e celulares.
Os telefones e os narcóticos eram escondidos dentro de potes de margarina e
latas de sardinha para chegarem até as celas. De acordo com o Gaeco, as
investigações tiveram início em fevereiro do ano passado e apontaram Rodrigo
Elias da Conceição, conhecido como Cinzento, como o homem que articulava roubos
de carros mesmo estando preso, na época, na cadeia pública de Palotina. Os
carros eram trocados por drogas e armas, que abasteciam a quadrilha. A cidade
de Guaíra, na fronteira com o Paraguai, servia como depósito dos carros
roubados, que seriam guardados por Alessandro Carvalho Marques, o “Bugão”,
preso pelo Gaeco no dia 31 de agosto. Vanderlei da Silva Brasil, o “Dele”, é
acusado de comandar o roubo de carros na região de Palotina. Ele também seria responsável
pela logística da facção criminosa. Segundo a investigação, outro líder do
bando é Miguel Henrique Marques Fante, que teria a responsabilidade de
"doutrinar" os integrantes da facção. Ele também fazia uma espécie de
marketing criminoso, divulgando em seu site músicas que fazem apologia ao
crime. Ainda de acordo com o Gaeco, os membros do bando agiam com violência,
empregando terrorismo psicológico contras vítimas que, mesmo após os roubos,
eram extorquidas. O dinheiro arrecadado com as extorsões era empregado no
tráfico de drogas...
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